Eclipse é o novo espetáculo do Grupo Galpão. |
No próximo mês, o Grupo Galpão apresenta o espetáculo “Eclipse", livre adaptação da obra do autor russo Anton Tchékhov, e que também fecha o projeto “Viagem a Tchékhov”, lançado pelo Galpão em 2011. A temporada na capital mineira é de 3 a 18 de dezembro, no Teatro do Galpão Cine Horto, no bairro Horto, na Região Leste da capital. Na última terça-feira (22), o diretor russo Jurij Alschitz, acompanhado do elenco da peça, organizou uma coletiva de imprensa no Teatro Wanda Fernandes para apresentar as novidades do espetáculo e contar detalhes da produção.
“Eclipse” conta a história de cinco pessoas que aguardam o final de um eclipse solar. Enquanto isso discutem sobre existência e condição humana. À medida que a espera se torna longa, a convivência forçada desencadeia uma série de situações absurdas. Durante seis meses, os atores do Galpão passaram “por um longo processo de estudos para conhecer e interpretar a obra de Tchékhov”, contou o diretor Jurij Alschitz.
Além disso, o diretor explicou, durante a coletiva, que a proposta do espetáculo é mostrar uma “viagem dos próprios atores ao universo de Tchékhov. Não existe uma lógica em ‘Eclipse’. É algo absurdo, mas dramático. A ideia é que os próprios atores sintam isso”. Ainda de acordo com Jurij, a peça traz uma abordagem filosófica e absurda da vida. “Tchékhov tem muito disso em seus contos. Era impossível não buscar isso no espetáculo”, concluiu.
Durante um ano, o Galpão mergulhou na obra do autor russo e, pela primeira vez, o grupo foi dividido. Em abril deste ano, Antonio Edson, Arildo de Barros, Eduardo Moreira, Fernanda Vianna, Paulo André, Teuda Bara e a atriz convidada Mariana Muniz, participaram da primeira montagem, “Tio Vânia - aos que vierem depois de nós-”, dirigido por Yara de Novaes.
Em “Eclipse”, Chico Pelúcio, Inês Peixoto, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia e Simone Ordones atuam. O ator Chico Pelúcio disse que a peça também representa um desejo mais maduro de todo o grupo. “Montar Tchékhov expressa as aspirações individuais e coletivas do grupo e, ao mesmo tempo, retrata a fase de maturidade do Galpão”, apontou.
A montagem do espetáculo também conta com a assistente de direção lituana Olga Lapina e do mineiro Diego Bagagal. Segundo Alschitz, esse novo trabalho representa um desafio para todos. “Primeiro para o grupo, que precisou sentir o trabalho de Tchékhov. Em segundo, para mim, que tive de me adaptar às ideias dos atores para que a peça pudesse ser produzida”, concluiu.
Como nasceu Eclipse
Elenco da peça, o diretor Jurij Alschitz e a assistente Olga Lapina |
Fotos: Warley Desali / Miguel Aun (Grupo Galpão)
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