Deitadas nos leitos da ala infantil do Hospital da Baleia, as crianças se surpreenderam com a chegada inesperada das quatro figuras muito incomuns e não esconderam a alegria em receber os visitantes que levaram um pouquinho da magia da terra de Oz para os pequenos. A visita é, na visão da diretora técnica da ala infantil, Aline Magalhães, “um incentivo a mais para que esses meninos continuem lutando pela vida”, disse. Ainda de acordo com Aline, o efeito que a presença dos personagens causa nas crianças vale muito mais do que qualquer tratamento médico. “A presença dos atores no hospital é quase como uma pílula da alegria para as crianças. É contagiante. Só pelo sorriso no rostinho de cada uma delas, a gente já consegue notar uma melhora clínica louvável”, concluiu.
Melhora que é confirmada pela dona de casa Alice Silva, mãe de Vitória, de quatro anos. A garota “estava triste e reclamando de dores mais cedo. Quando ela viu o leão com aquela juba amarela, os olhinhos brilharam e ela conseguiu esquecer a dor”, disse. Já Pedro, de seis anos, não saiu de perto do Homem de Lata. “Ele é o mais legal, o mais bonito”, contou o garoto, encantado com o personagem.
Há dez anos, o consagrado diretor italiano Billy Bond teve a ideia de levar personagens para hospitais e creches. “Isso é uma forma de fazer com que elas (as crianças) possam sair dessa realidade dura do hospital por algum tempo e se divertirem”, explica Billy. O diretor ainda destaca que, embora pequeno, o trabalho realizado é mais do que gratificante. “A gente lava a alma quando faz as visitas, e isso é muito mais importante para nós do que para eles. Sempre saímos com a sensação de termos feito o bem e depois vem aquela vontade de visitar outro lugar, mas o tempo, que sempre é curto, não deixa”, argumentou.
“O Mágico de Oz” está em cartaz até 21 de agosto (domingo), no Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1046 – Centro). Outras informações pelo telefone (31) 3214-5350 e pelo site www.artbhz.com.br.
Fotos: Marlene Machado
0 comentários:
Postar um comentário